sexta-feira, 12 de outubro de 2018

PT - Uma estrela cadente

Dando uma rápida olha na minha modesta biblioteca, achei um livro publicado em 2005, do colunista do jornal Gazeta do Povo e da revista Isto é, Rodrigo Constantino, chamado "Estrela Cadente. As contradições e trapalhadas do PT", da SOLER editora. O objetivo de Constantino com o livro era desfazer a névoa do esquecimento popular e nos mostrar os contrastes entre as promessas ufanistas e a triste realidade, à qual retornamos após a euforia de cada eleição, provando que, políticos, são negociantes de promessas e esperança.  O livro é cheio de comentários acerca da história das principais lideranças do PT (muitos dos quais foram terroristas durante o Regime Militar) e conta os principais fatos ocorridos no primeiro mandato de Lula, que ficou marcado pelo escândalo do mensalão. Ainda em 2005, Constantino já nos alertava para o perigo que o PT representava aos cofres públicos e a democracia. Vale a leitura!

Folheando o livro, vi a página 148 do livro, onde Constantino fala das contradições internas e ele escreve algo interessante e muito parecido com o que está ocorrendo agora na campanha de Fernando Haddad. Vejam só:

"...o PT de hoje difere bastante daquele imaginado pelos seus fundadores em 1980. Naquele tempo, reinava um romantismo utópico, e como não havia o compromisso com a governabilidade, propostas irreais ocupavam a agenda do partido. Havia uma recusa petista em ampliar suas alianças nos primeiros anos, para não corromper seus ideias. Pelo seu crescimento explosivo, assim como participação maior no governo, ocorreu uma oligarquização do partido, assim como uma quantidade enorme de alianças, que acabaram por desfigurá-lo. Ele ficou menos burocratizado, menos operário, E MAIS FOCADO NA PURA OBTENÇÃO DE VOTOS, ADAPTANDO O DISCURSO DE ACORDO COM ESSA NECESSIDADE. (...) O PT ficou mais elitista e, justamente por isso, certos radicais resolveram sair do partido, abrindo concorrência para capturar os votos da esquerda mais extrema. Enquanto isso, os que comandam o partido entraram numa disputa pelos votos tradicionais do PSDB, com discurso mais moderado. São apenas táticas adaptadas para a chegada e manutenção no poder, como a mudança do conceito de lutas de classes marxista para algo difuso como "direito à cidadania". Os discursos foram adaptados, mas ainda estão repletos de objetivos vagos e abstratos, com conceitos subjetivos, justamente para possibilitar o atingimento do verdadeiro objetivo: O PODER ARBITRÁRIO."

Percebe-se que não é de hoje, portanto, que o PT adota uma camuflagem dos seus discursos (e agora até mesmo de sua logomarca) para esconder do eleitor mais simples, seus reais propósitos e objetivos a tomada do poder para a implantação de um socialismo caviar, que aos poucos se revelará tirânico, autoritário e que repartirá a miséria igualmente para toda a população enquanto eles desfrutarão das benesses do poder.

É preciso muito cuidado com esse camelão chamado PT!



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