quinta-feira, 28 de agosto de 2014

As Boas Novas da Política

A política em si é fascinante admito. Através dela é possível organizar o Estado de modo a executar a promoção da cidadania, da democracia e da justiça. Mas a corrupção do gênero humano tornou a política uma atividade repugnante para aqueles que prezam pela ética, honestidade e transparência, isto porque nos bastidores do poder as relações entre as partes, está baseada em um eterno conflito de interesses pessoais, ideológicos e estratégicos, com isso, para que as instituições do Estado possam funcionar, as negociatas, o famoso "toma lá dá cá", os conchavos e as trocas de favores se tornaram mecanismos indispensáveis nesse jogo de xadrez. Deste forma não tem como acreditar em discursos de ética na política. Política e ética são conceitos praticamente antagônicos, verdadeiros antinômios, não se combinam tal qual água e óleo, sobretudo na realidade brasileira onde o desejo de obter vantagens pessoais indevidas parece estar no nosso DNA.

Isto posto, vejo que a Marina Silva (e devo votar nela possivelmente) levantou o lema da "Nova Política", o neto do Dr. Tancredo, Aécio, fala em fazer "Boa Política", no fundo os dois prometem o impossível, pois uma boa e nova política só será possível quando a corrupção da natureza humana for destruída e teologicamente isso só é possível através do "Novo Nascimento", que é uma total, completa e profunda transformação da maneira de pensar, agir e viver, não só dos políticos, mas de todos nós.


Com isso, não quero desencorajar o voto ou pregar a desesperança, mas quero convidar a você querido leitor a fazer uma reflexão óbvia. A Política só será boa ou nova quando as "Boas Novas" que o Mestre Jesus ensinou se tornarem realidade em cada pessoa. Com isso a Política do auto-benefício, do egoísmo, será trocada pela Política do bem comum, a busca pelas vantagens indevidas, será transformada em política de justiça e cidadania para todos, mas isso somente ocorrerá quando aprendermos a amar e então sabermos compartilhar e promover o bem comum.

Pensemos nisso.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Falando um pouquinho sobre a doutrina da salvação.

A doutrina da salvação tem sido muito mal ensinada em muitas igrejas. Percebo que muitos querendo fugir do tradicionalismo acabam deixando de lado a tradição. Mas, é preciso, porém, deixar claro, que uma coisa é o tradicionalismo e suas prisões denominacionais, e outra coisa bem diferente são a tradição ou a ortodoxia, que são a correta doutrina.

Quanto à ortodoxia quero dizer que a questão não é seguir a escola Calvinista ou a Arminiana, mas a questão é seguir o que Cristo e os Apóstolos nos dizem pelas Escrituras e vemos claramente que os pontos centrais da doutrina bíblica da salvação estão didaticamente expostos na TULIP dos Calvinistas.

A TULIP é um acróstico em inglês, onde cada letra representa um tópico da doutrina e sua ordem está predisposta de forma racional e de acordo com o que a Bíblia diz.

O “T" significa em português, depravação total. Este tópico aborda como a queda afetou moralmente o homem. Este ponto mostra que a queda no Éden fez com que todo caráter do homem fosse afetado pelo pecado, de modo que toda sua vontade e capacidade racional estão sujeitas ao pecado. Jesus, Paulo e várias partes da bíblia confirmam isso. Todos os homens são naturalmente pecadores e totalmente contaminados e escravizados pelo pecado, por isso carecem da glória de Deus, isto é, estão sem comunhão com Ele e sem poder agradá-Lo por suas obras. (Ver: João 6.44; Romanos 3)

A letra "U", fala da eleição incondicional. A realidade da predestinação é clara na Bíblia, muitos textos comprovam este ensino, até o próprio Jesus em muitas vezes menciona os termos "escolhidos", "eleitos", e este ponto mostra que tal ato de escolher não é baseado em qualquer mérito humano, mas no fato de que Deus escolhe e predestina incondicionalmente de acordo com o beneplácito da sua vontade, isto é, a eleição é com base na riqueza da sua graça, posto que ele decida salvar e reconciliar consigo mesmo, pessoas indignas, pecadores que durante suas vidas antes da regeneração, faziam de tudo para negá-Lo e afrontá-Lo através de suas mentes carnais corrompidas pelo pecado. (Ver Romanos 8, Efésios 1; 2º Tessalonicenses 2.13)

A letra "L" seja talvez o ponto mais odiado pelos Arminianos e incrédulos em geral, pois fala da expiação limitada, cujo ensino afirma que Jesus não morreu por todos os seres humanos, mas sim, somente pelos eleitos. Este ensino, embora polêmico tem total respaldo Bíblico, Jesus afirma que só vão até Ele aqueles que o Pai os dá, afirma também que suas ovelhas reconhecem sua voz e O seguem, isto faz todo sentido, posto que a Bíblia ensina que o sacrifício de Cristo é eficaz, isto é, atinge o objetivo que é salvar o homem. Ora, se a expiação fosse ilimitada e ao mesmo tempo, eficaz chegaríamos à salvação de toda a humanidade, que é a heresia antiga do universalismo, não que o sangue de Jesus seja insuficiente para salvar a todos, mas o universalismo é herético porque em nenhum lugar da Bíblia encontramos base para tal ensino, pelo contrário, vê-se claramente que o inferno é real e muitos irão para lá, exatamente porque não houve para estes, expiação, ou substituto penal diante da severa justiça e santidade de Deus. (Ver Mateus 22:14, Hebreus 9.12, João 10)

O penúltimo ponto é iniciado pela letra "I", cujo ensino é sobre a irresistível graça. Todos concordam que todo homem resiste a Deus, mas isto é, até determinado ponto de suas vidas, onde os homens lutam contra Deus não querendo sujeitar-se aos princípios bíblicos. Entretanto, os escolhidos não resistem para sempre. Um claro exemplo disto é Saulo, ele odiava Jesus e os cristãos, gostava de prender, açoitar e consentia com a morte dos crentes, até que um dia a graça irresistivelmente o alcançou e lhe derrubou do cavalo do orgulho e lhe tirou as escamas da ignorância e da falsa religião e lhe converteu ao evangelho e assim como ele, muitos dão testemunho semelhante. Não queriam a salvação, pelo contrário literalmente odiavam o Evangelho, falavam mal dos crentes, mas hoje são exemplos de cristãos. Como bem disse Spurgeon, “a graça não viola a vontade humana, mas docemente triunfa sobre ela”, entendamos com isso que a graça é irresistível também, pelo fato que ela é a manifestação da vontade de Deus, um Deus que é soberano, cujo agir ninguém pode impedir e cujos planos não podem ser frustrados. Portanto, aqueles a quem Deus decidiu salvar serão salvos e nada pode mudar isso, nem se quiserem, posto que suas vontades serão mudadas e receberão gratuitamente fé para crer. Isso é o milagre do novo nascimento! (Ver Atos 9; Ezequiel 11.17-19, Efésios 2)

Por fim, o "P" aponta o ensino da perseverança dos salvos, "uma vez salvos, salvos para sempre". Os Arminianos aceitam que é possível ao crente que verdadeiramente foi lavado e remido no sangue de Jesus, perder a salvação, caso cometa algum deslize. Porém, isto é um erro absurdo. Jesus garante que aqueles que o Pai lhos dá de modo algum ele lança fora, disse ainda que as suas ovelhas ninguém arrebata de sua mão. Paulo declara, que nada, nem ninguém, ou nenhuma circunstância pode separar o eleito do amor de Cristo, além do mais, os dons e as vocações dadas por Deus (e a salvação é um dom) são irrevogáveis. O nome do salvo, uma vez escrito no livro da vida, não pode ser riscado ou apagado, ainda que um salvo tropece, não ficará prostrado. Além disso, se o fato de alguém pecar lhe custa perder a salvação, isto implica que tal salvação está baseada nas obras e não na graça, só por isso, esta possibilidade deveria ser rechaçada de cara, pois não tem respaldo bíblico algum. Mas antes de qualquer questionamento, é evidente que uma pessoa que se diz crente, mas vive em pecados e dissoluções nunca foi regenerada realmente; pois o salvo vive para Deus, em novidade de vida tendo como alvo de vida a glória de Deus, se uma pessoa se batizou, confessou pecados, viveu um bom tempo piedosamente, mas no final se rebelou e negou à fé, esse tal não perdeu a salvação, pois na verdade nunca a teve e não se perde o que não se tem. Como disse o apóstolo João, “estava entre os nossos, mas não era dos nossos”. (Ver João 6.37; Romanos 8.39; 1º João 1.19; 1º Coríntios 6.20, 2º Coríntios 5:17).

Portanto, eis aí um breve resumo da verdadeira doutrina da salvação, conforme as Escrituras registram e conforme os pais da igreja ensinaram e de acordo com os princípios reafirmados pelos protestantes. Doutrina esta, que precisa ser resgatada pelos cristãos deste século, para que eliminemos os falsos ensinos e ao mesmo tempo glorifiquemos a Deus pela sua Palavra.

sábado, 9 de agosto de 2014

Cinco Ideias para Cultivar o Evangelismo

Por : Matt Merker 30 de Junho de 2014
 
O que você precisa para fazer evangelismo? Os ingredientes não são muitos. Você precisa do evangelho, as boas novas de Jesus Cristo. Você precisa de um evangelista, alguém que anuncie essas boas novas. E tem mais uma coisa: você precisa de público — pelo menos uma pessoa que ainda não creu no evangelho.
Para muitos pastores, essa última é a parte mais difícil. Em uma semana repleta de preparo de sermão, reuniões, aconselhamento, administração, visitas a hospitais e ligações tarde da noite pedindo por ajuda; sem mencionar o cuidado da sua própria alma e da sua família, como o pregador consegue encontrar tempo para compartilhar as boas novas com incrédulos?
Em certo sentido, essa é uma tensão boa e necessária. Quando o ministro  responde ao chamado ao pastorado, ele meio que recua da linha de frente do evangelismo para o campo de suprimentos. Ele não mais é um soldado em combate corpo-a-corpo. A sua prioridade agora é agir como um general: o seu trabalho envolve criar estratégias, equipar e delegar (veja Ef. 4.12). A esperança é que, ao treinar evangelistas, ensinar sobre evangelismo e proclamar o evangelho semanalmente à igreja reunida, o ministério evangelístico do pastor multiplique ao invés de diminuir. Isso é bom e correto, e pastores não deveriam se sentir culpados por priorizar o papel singular que Deus deu a eles de cuidar das ovelhas e treiná-las no ministério. Um pastor não é um louco por evangelismo, mas um capacitador de evangelismo.
Mas isso não significa que o seu ministério pessoal de evangelismo deva se desintegrar. Paulo instruiu o jovem pastor Timóteo a fazer "o trabalho de um evangelista" (2Tm 4.5). Até mesmo o maior general ainda é um soldado em essência. O pastor nunca deve se tornar tão confortável em ensinar a outros como evangelizar que o seu próprio zelo por compartilhar o evangelho evapore de tanto ferver em segundo plano. Pastores que são zelosos por evangelismo tendem a ter congregações que são zelosas, enquanto pastores que raramente evangelizam podem descobrir que as suas congregações são igualmente indispostas.

CINCO MANEIRAS DE UM PASTOR CULTIVAR EVANGELISMO

Então, como um pastor pode cultivar oportunidades para o evangelismo? Visto que eu preciso de tanto crescimento quanto qualquer pastor, eu contatei alguns amigos pastores para perguntar-lhes como eles priorizam o evangelismo em suas agendas cheias. Baseado em suas respostas, aqui estão cinco sugestões:

1. Seja Criativo
Primeira sugestão, seja criativo. Para conhecer mais incrédulos, você precisa estar disposto a pensar fora da caixa. Um pastor de uma cidade pequena me disse que ele e seus presbíteros frequentemente fazem suas reuniões administrativas em cadeiras de jardim no seu quintal da frente. Eles estão dispostos a sacrificar a eficiência pela oportunidade de conversar com vizinhos que possam passar por ali — e ficam entusiasmados quando alguém aparece querendo conversar sobre Cabala [tipo de misticismo que se baseia em decifrar a Torá, texto central do judaísmo]. É uma oportunidade instantânea para o evangelho.
Outros mencionaram usar hobbies ou afazeres como maneiras de maximizar oportunidades evangelísticas. Em vez de fazer umas cestas com amigos cristãos, pode-se encontrar um grupo de empresários locais com quem jogar, abrindo a porta para novas amizades. Um pregador da Península Arábica disse que o tempo em família no clube local é uma das melhores maneiras para fazer amizades com aqueles que vivem em sua vizinhança.
Criatividade também é útil quando se tenta transformar uma conversa que seria mundana com um vendedor, um vizinho ou um garçom em questões espirituais. Se alguém está falando sobre as notícias, esportes ou até mesmo o clima, normalmente há uma abertura para apresentar uma relevante verdade sobre Deus ou sobre o nosso mundo caído que possa levar a uma discussão mais profunda. Para isso, é claro, precisamos não apenas de raciocínio criativo, mas de ousadia e amor forjados pelo Espírito para lançar fora o medo do homem e compartilhar Cristo quando é constrangedor fazê-lo.

2. Seja Consistente
Segunda, seja consistente. Você está disposto a abandonar a variedade e comer no mesmo restaurante repetidas vezes para passar a conhecer seus funcionários? Há anos, meu próprio pastor foi modelo dessa consistência em nome do evangelho, tanto que fazemos piadas sobre ele ser o capelão da modesta lanchonete onde todo garçom e garçonete sabe o nome dele e vem a ele com questões espirituais. 
Outro amigo me falou dos frutos que ele desfrutava ao visitar a mesma lavanderia, semana após semana, e orar por oportunidades para falar sobre Cristo com os funcionários. Eventualmente, uma das funcionárias visitou a sua igreja, uniu-se a um grupo de estudo bíblico com algumas das mulheres da igreja e recentemente fez sua profissão de fé em Jesus.

3. Seja Consciente
Terceira, seja consciente. Precisamos orar por consciência com relação aos perdidos à nossa volta. Um aluno de seminário na Inglaterra notou que quando ele está consciente de quantas pessoas — mais provavelmente incrédulos — estão sentadas à sua volta no trem, ele notavelmente abre a sua Bíblia e a lê. Conversas a respeito de Deus frequentemente são o resultado.
Nesse sentido, vale a pena estar consciente da utilidade do título de pastor. Muitas conversas começam com: "Com o que você trabalha?" Responder: "Sou um pastor cristão" pode parecer um pouco “passivo”, então, em vez disso, use uma resposta “ativa”. Por exemplo, eu tentei incluir alguma versão da seguinte frase na minha conversa. Eu digo algo como: "Eu sou um pastor em treinamento em uma igreja. Então eu amo ouvir todo o tipo de pessoas e seus pensamentos sobre Deus, espiritualidade e quem é Jesus".
E não se esqueça de que como pastor você pode servir aos incrédulos na sua vizinhança de maneiras "especificamente pastorais", o que quase sempre contém grandes oportunidades evangelísticas. Um parente de um vizinho faleceu? Ofereça-se para pregar no funeral.

4. Seja Colaborativo
Quarta, seja colaborativo. Encontre maneiras de participar do evangelismo que a sua congregação já está fazendo no local de trabalho e na vizinhança. Um pastor mencionou como alguns empresários da sua igreja formaram um "grupo de investigação de Deus", que se reunia regularmente durante o almoço no escritório, e o convidaram para comparecer de vez em quando para construir relacionamentos. O seu ministério de hospitalidade é uma grande forma de conspirar com amigos cristãos em favor do evangelismo. Organize um churrasco, um jantar ou uma noite de jogos e diga aos membros da igreja que você irá convidar alguns amigos não-cristãos.

5. Seja Comprometido
Quinta, seja comprometido. Nenhum pastor deve necessariamente adotar todas as ideias específicas acima — esse não é o ponto. O ponto é que um ministério de pastorado deve se assemelhar ao do Grande Pastor, que veio para "buscar e salvar os perdidos" (Lc 19.10). O chamado e a agenda singular do pastor certamente tornam isso um desafio, embora devamos também admitir que frequentemente a nossa própria preguiça e o nosso egoísmo nos impedem mais de evangelizar do que circunstâncias complicadas.

ESTUDE E SABOREIE O EVANGELHO
Então, pastor, de que forma acontecerá o comprometimento com o evangelismo na sua rotina semanal? Para começar, deixe-me encorajar você a orar regularmente por oportunidades. Adquira responsabilidade nessa área. Esteja consciente das suas tendências de se omitir.
Mas, o mais importante, estude e saboreie o evangelho. "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram" (2Co 5.14). Entesourar essa preciosa mensagem de Cristo e conhecer o seu poder nas nossas próprias vidas é o melhor antídoto para a atrofia evangelística.

Tradução: Alan Cristie

PT - Uma estrela cadente

Dando uma rápida olha na minha modesta biblioteca, achei um livro publicado em 2005, do colunista do jornal Gazeta do Povo e da revista ...