segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O crescimento verdadeiro da igreja



Como se mensura o crescimento de uma igreja? Pelos batismos? Pelas cartas de transferências? Pelo aumento do patrimônio? Pelo volume das contribuições? Bem, se os números são os critérios adotados, certamente esses itens demonstram o crescimento. Todavia, igreja não é empresa, para se olhar apenas os números e crescimento numérico as vezes serve apenas como um disfarce em muitas comunidades evangélicas, para ocultar graves problemas que impedem o verdadeiro crescimento.


A igreja sempre cresceu e deve crescer numericamente, não sou contra isso, "Deus sempre acrescentou aqueles que iam sendo salvos", conforme vemos no livro de Atos,  e na verdade ver uma igreja cheia de crentes, cheia de regenerados é uma grande bênção. O problema, é que a geração de líderes de hoje idolatra tanto os números, que muitos em busca de "crescimento" estão pervertendo a mensagem do Evangelho para torna-lá popular e convidativa, e como resultado temos templos cheios, mas de pessoas egoístas que não creem no verdadeiro Evangelho, mas numa religião que lhes concede prazeres materiais, e mera satisfação carnal. Gente que na superficialidade desse falso cristianismo está atrás de frivolidades, posições eminentes, cargos, festinhas, prosperidades e milagres, e que não quer nada de arrependimento, confissão de pecado ou satisfação em simplesmente servir a Cristo. Precisamos entender o que é crescimento saudável de uma igreja para então avaliar se determinada igreja está realmente crescendo.


Deus faz sua igreja crescer. Um planta, outro rega, mas do Senhor vem o crescimento verdadeiro, tenhamos isto em mente.


Saibamos que o crescimento de uma igreja se mede primeiramente pelo seu comprometimento com as Escrituras. Esta foi a primeira característica da igreja primitiva, "e perseveravam na doutrina dos apóstolos" (At. 2:42). Vejamos que dia após dia, eles insistiam em manterem-se firmados nos ensinos dos apóstolos, estes, por sua vez mantinham-se firmados nas palavras de Jesus e na Escritura vétero-testamentária , sem invencionices ou tolas estratagemas para fazer a igreja crescer, pois eles criam que é Deus quem faria sua obra avançar. Vemos que a primeira evidência de crescimento de uma igreja é a fidelidade doutrinária.


"Em cada alma havia temor". Aquela igreja do primeiro século tinha temor a Deus, pois diariamente via os sinais poderosos que Ele executava por meio dos apóstolos, isso os impactava de tal forma que em cada alma havia profundo temor. Hoje, porém, não vemos isso na maioria dos templos evangélicos que estão cheios de gente irreverente e insolente, que transformaram a casa de Deus em verdadeiras casas de tolerância. Isso mesmo, tudo se tornou tolerável, permitido, desde danças extravagantes, fantasias, manifestações estranhas a igreja apostólica, a toda sorte de bagunça e irreverência, tudo feito em nome de Deus e para que a igreja cresça. Uma grande blasfêmia na verdade. Com isso, vemos que o crescimento verdadeiro da igreja, tem como uma das suas características, o temor e reverência de cada pessoa diante do Senhor.

O egoísmo e o hedonismo são as principais marcas da geração pós-moderna. Vale tudo na busca do prazer e da felicidade, e parece-me que esse tipo de pensamento também tem sorrateiramente adentrado pelas portas de muitas igrejas, pois seus membros estão cada vez mais individualistas e preocupados com si mesmos a ponto de não enxergarem as necessidades do outro. O apóstolo Paulo ensina aos Gálatas que precisamos fazer o bem a todos, "principalmente aos domésticos na fé" (Gl 6:10), Jesus deixou claro que seríamos conhecidos como seus verdadeiros discípulos, se tivéssemos amor uns pelos outros (Jo 13:35) e a igreja primitiva assimilava muito bem estes princípios. Diz o texto te Atos 2, no verso 45, que aqueles irmãos"vendiam as suas propriedades e bens distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade", Joh Stott comenta em seu livro que:"Aqueles cristãos primitivos amavam-se uns aos outros, o que não é de admirar, isso porque o primeiro fruto do Espírito é o amor. Em particular eles se importavam com os irmãos pobres e compartilhavam seus bens com eles. Esse princípio do compartilhamento voluntário cristão, é sem dúvida, permanente." ( A Igreja Autêntica, pg. 26). Generosidade, e atenção aos mais pobres, são sem dúvida nobres sinais de uma igreja que cresce verdadeiramente.

"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo.". Por fim, outro sinal de genuíno crescimento é a comunhão, a unidade no culto e o relacionamento entre os irmãos fundamentado no amor. Ora, do que adianta uma igreja cheia de pessoas que não possuem laços de amizade e fraternidade? Ou pior, cheia de pessoas que brigam por qualquer coisa, por cargos, por destaques e por outras vãs ambições ou ciúmes? A primeira igreja perseverava também "na comunhão, no partir do pão e nas orações". Aquela igreja era unida, seus fiéis perseveram unanimemente, isso não quer dizer ausência de divergências, mas sim que a fé evangélica estava acima de qualquer diferença ou divergência de opinião. Acima de tudo, estava a alegria de poderem juntos servirem a Cristo, tanto no templo, como nas casas. Eis aí outro maravilhoso sinal de crescimento; comunhão plena, amor fraternal, alegria e constância no culto público, mas também no ajuntamento informal. 

Portanto, a maneira correta de saber se uma igreja está crescendo vai muito além dos números. Sabemos se a igreja está crescendo verdadeiramente, quando ela solenemente  se submete a Palavra e exalta suas doutrinas como verdadeiro tesouro. Sabemos quando uma igreja está crescendo quando as pessoas reconhecem o contraste entre a grandeza de Deus e a pequenez de vossas almas, e, por isso se portam cheias de temor, tremor e reverência diante d'Aquele que é Santo. Sabemos quando uma igreja está crescendo, quando há uma constante preocupação em repartir, em ajudar os mais pobres, em ajudar a quem precisa, em ser generosa. Sabemos quando uma igreja está crescendo, quando esta, é unida e tem a causa do reino em primeiro lugar, quando o trato entre os irmãos é pautado pelo amor, respeito e profundo zelo e amizade. Saibamos por isso, que quando uma igreja tem tais características,Deus em sua soberana e graciosa vontade, salva pecadores remidos e os enxerta na videira, fazendo assim, sua igreja crescer também numericamente de forma saudável.



sábado, 6 de dezembro de 2014

A Ceia do Senhor e o juízo de Deus.

1 Coríntios: 11. 28-32

"Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo."

Amanhã é domingo, e sendo primeiro domingo de dezembro em nuitas igrejas será celebra a última Ceia do Senhor em 2014.  Por isso o texto a seguir para nossa meditação.

Muitos quando leêm a primeira carta de Paulo aos Coríntios enxergam uma igreja problemática, e de fato, naquela igreja existiam muitos problemas: divisões, tolerância para com o pecado e imoralidades, visão equivocada acerca dos dons do Espírito e de seu uso na igreja, uma liturgia fora do padrão desejado por Deus, irreverência na celebração da Ceia do Senhor e por aí vai. Contudo, é bom entender que a igreja de Corinto, assim como, as Sete igrejas da Ásia, e todas demais igrejas citadas no Novo Testamento, nos servem de arquétipos, exemplos positivos ou não para a igreja de hoje.

Quando Paulo ensina aos irmãos corintios sobre como a Ceia deveria ser celebrada, ele pela direção do Espírito, também aproveitou para alertá-los acerca do perigo que correm aqueles que tomam parte na Mesa, porém, indignamente ou sem o discernimento correto deste importante memorial cristão.

Paulo ensina que tais pessoas estão trazendo sobre suas vidas juízo da parte de Deus, e tal juízo é manifestado pela presença de pessoas "fracas e doentes e muitas que dormem".

Se pararmos para analisar muitas das nossas igrejas de hoje, constataremos muitos crentes fracos, doentes  e que estão dormindo, estes sinais caracterizam pessoas ou congregações inteiras que estão num estado de paralisia espiritual, infrutíferos, irrelevantes e alienados da presença de Deus. Tais pessoas ou igrejas estão sendo julgadas por Deus, pelo fato de em algum momento terem tomado da Mesa do Senhor, indignamente, sem a devida compreeensão e principalmente por não fazerem uma autoavaliação sincera comparando suas ações, práticas e convicções com as Santas Escrituras.

Os irmãos de Corinto estavam comendo e bebebdo a Ceia indignamente e sem a exata compreensão sobre o que de fato representava aquele momento. A mesma situação ocorre atualmente. Embora  ninguém se embreague ou coma desordenadamente, ainda assim, muitos estão comendo e bebendo indignamente quando não reconhecem, confessam e abandonam seus pecados, sendo humildes e contritos, antes preferem manter a hipocrisia das falsas aparências de santidade e retidão, mesmo a consciência lhes acusando de invejas, contendas e outros dolos contidos no coração. Outros comem e bebem a Ceia sem discernimento, quando não entendem biblicamente a realidade e a profundidade da graça soberana de Deus na salvação, antes implicitamente ou até mesmo abertamente associam a salvação com algum próprio mérito, resultante de seus esforços, obediência ou obras.

Muitas pessoas e igrejas inteiras estão sob julgamento e ficaram paralisadas espiritualmente pelo fato de não fazerem uma autocrítica sincera. Quando deveriam refletir humilhando-se sob a potente mão de Deus, persistem em andar na obstinação e dureza de seus corações enganando-se a si mesmos acreditando estarem fazendo a coisa certa.

"Se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados".

Deus julga seu povo e isso é bom, prova seu interesse por nós, pois do contrário seríamos condenados com o mundo; porém o juízo de Deus é duro, doi e pode nos causar sofrimento, afinal de contas: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo". (HB 10:31).

Que não sejamos tolos de comungar a Ceia indignamente ou sem o correto discernimento da obra graciosa e redentora de Cristo, antes que examine-mo-nos diligentemente e alcancemos graças do Senhor para sermos frutíferos, relevantes e vividamente atuantes nele pela fé e em amor.

Soli Deo Gloria.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Revitalização de Igreja: Um Trabalho de Tartaruga, Não de Lebre

Jeramie Rinne26 de Novembro de 2014 - Igreja e Ministério
Você conhece a clássica fábula: o arrogante coelho desafia os outros animais para uma corrida. A tartaruga aceita, para a perplexidade da lebre. A corrida começa e o coelho corre a grande distância – tão grande que, na verdade, ele tem tempo para um cochilo. Mas, enquanto a lebre dorme, a tartaruga fielmente se arrasta e cruza à linha de chegada primeiro, em uma virada dramática. Moral da história: quem segue devagar e com constância ganha a corrida.
Talvez os seminários devessem oferecer uma aula sobre a exegese de Esopo. Com muita freqüência, pastores chegam a uma nova congregação, rapidamente vêem a necessidade de revitalização e arrancam, à velocidade de uma lebre, para virar a igreja de cabeça para baixo. Em poucos anos, graves problemas surgem. E a corrida termina, prematuramente, com uma congregação em conflito e um pastor ferido e pronto a abrir mão do ministério.
Jovens pastores, em particular, podem tornar-se vítimas dos perigos de uma reforma apressada. Isso ocorre, em parte, porque eles geralmente têm muita energia e idealismo, mas pouca experiência; porém, é também porque jovens pastores e igrejas em declínio parecem esbarrar uns nas outras. Uma igreja com problemas diz que deseja “energia nova” e “mais caras jovens” e, assim, está disposta a dar uma chance a um homem mais novo. E o jovem pastor está ansioso por aquele primeiro emprego e pronto para um desafio. E, assim, o ministro recém-formado chega e a corrida começa a uma velocidade assustadora.
Quatro coelhos da reforma de igrejas
Coelhos aparecem em muitas subespécies. Quer dizer, há muitas maneiras de precipitar uma reforma e renovação em uma igreja local, em detrimento da congregação e do pastor. Considere quatro modos arquetípicos pelos quais nós pastores agimos rápido demais em nossos esforços de trazer as mudanças necessárias às nossas igrejas:
O purista
O purista tem fortes convicções teológicas. Ele tem sido abençoado com uma clara visão bíblica para a vida da igreja e sua prática. Ele corre obstinadamente, sem desviar do caminho.
Infelizmente, ele se move rápido demais para a congregação. Nos primeiros seis meses, ele propõe uma nova declaração de fé, uma mudança constitucional para adotar presbíteros e uma limpeza radical do rol de membros. Ironicamente, em seu zelo pela fiel teologia da igreja, ele trata com rudeza o verdadeiro povo da igreja. Ele esbraveja as doutrinas da graça todo domingo, mas falha em mostrar ao seu povo a paciente graça de Deus em sua maneira de lidar com eles.
Esse pastor pode ser demitido rapidamente. E, infelizmente, ele pode ir embora como um mártir teológico em sua própria mente, cego para os seus equívocos. Mais triste ainda, aquela igreja agora está vacinada contra a reforma bíblica de que ela desesperadamente precisa.
O pragmático
O extremo oposto do purista, o pragmático fará “qualquer coisa que funcione” para trazer as pessoas à igreja e mantê-las lá. Nada está fora dos limites, contanto que faça a igreja crescer e não envolva imoralidade flagrante ou óbvia heresia. Um pragmático carismático e talentoso pode fazer uma igreja crescer de 50 para 500 em pouquíssimo tempo, com uma sagaz mistura de humor, tecnologia, liderança e personalidade.
O pragmático pode descobrir como fazer frequência da igreja crescer rapidamente, dando todas as aparências de revitalização. Mas algumas questões importantes permanecem: as pessoas estão verdadeiramente sendo convertidas ao evangelho, arrependendo-se dos pecados e confiando em Cristo? Ou as pessoas estão apenas sendo “igrejadas” de um modo eficiente? Esse pastor está fazendo discípulos de Jesus ou apenas fãs da igreja da última moda? Ele está cultivando uma sequóia espiritual, que cresce lentamente, mas adquire uma estatura majestosa? Ou ele está meramente plantando uma rosa, que hoje desabrocha, mas murcha amanhã?
Infelizmente, quanto mais rápida e efetivamente alguém é capaz de aumentar a frequência de uma igreja, menos provável é que esse alguém questione teologicamente seus métodos. Números nos enfeitiçam.
O imitador
O imitador economiza tempo pegando um atalho: ele meramente replica em sua própria congregação a filosofia, os programas e a estrutura da igreja de outros. Por que reiventar a roda? Por que não simplesmente comprar o livro, participar da conferência, adquirir o kit e baixar os sermões de outra igreja bem sucedida?
O imitador parece com o pragmático e, em um sentido, eles são semelhantes. Mas o purista pode cair nessa tentação também. Imitadores reformados também têm as suas igrejas e pastores heróis também.
Aprender com outros modelos de igreja não é errado. De fato, a Escritura nos ordena a seguirmos os exemplos piedosos de outros (1Coríntios 11.1; Filipenses 3.17) e o apóstolo Paulo chega a apresentar uma igreja local inteira como modelo para outros crentes (1Tessalonicenses1.7). Contudo, nós pastores nos tornamos imitadores quando impomos o modelo de uma outra igreja sem considerar amorosamente o caráter, a história e a cultura singulares de nossa congregação. Nós também erramos como imitadores ao deixar de avaliar o nosso modelo preferido à luz do ensino bíblico acerca da igreja local.
Fazer uma exegese fiel de sua igreja e de sua Bíblia é um trabalho de tartaruga. Não é algo que possa ser feito da noite para o dia.
O narcisista
Esta última lebre talvez seja a mais perigosa. O narcisista vê o ministério da igreja pelas lentes de sua própria narrativa pessoal. Ele vê a renovação e a reforma congregacional como o palco para estrelar um roteiro centrado em si mesmo.
Talvez ele sonhe ser o cara que ajudará a igreja tradicional e enfadonha a se tornar vanguardista. Ou talvez ele se imagine como um ativista que confrontará a complacente igreja de classe média acerca do envolvimento com os pobres. Ou talvez, em sua mente, ele seja a reencarnação de Lutero, procurando uma igreja doutrinariamente vacilante na qual possa fixar as suas 95 teses. Ou talvez ele simplesmente se veja falando a milhares de pessoas e queira transformar a sua congregação naquela megaigreja. É o sonho americano em sua versão pastoral.
Essas ilusões de grandeza tendem a produzir pastores impacientes. Quando estamos cheios de nós mesmos, nós interpretamos reveses no ministério como fracassos pessoais e diminuições na membresia da igreja como ameaças pessoais. Nós corremos como homens desgovernados quando tudo diz respeito a nós.
Agarre-se ao seu casco
E ali está tartaruga. Enquanto os coelhos arrancam em disparada, ela se arrasta fielmente adiante.
A tartaruga se empenha pela renovação por meio de um ritmo constante de pregação expositiva semanal, deixando que a Palavra faça sua obra de transformação. Ele dedica tempo significativo à oração, clamando a Deus por revitalização. Ele caminha devagar o bastante para conhecer e ouvir os membros da igreja, entendendo que não se pode verdadeiramente reformar aquilo que não se ama. Ele tem uma confiança abrangente na soberania de Deus em produzir a mudança necessária, então aqueles reveses caem sobre ele como chuva sobre um casco. Se Deus quiser, a tartaruga está disposta a dispender toda a carreira em uma única igreja. Sua narrativa pessoal é simples: eu sou apenas um servo de Jesus.
É impressionante quão longe uma tartaruga pode ir.
Toda igreja precisa de renovação. A igreja reformada está sempre se reformando. Assim, esforcemo-nos por renovação de um modo que ponha os holofotes na Palavra de Deus, no tempo de Deus e no poder do evangelho, e não em nossa própria criatividade, técnica e personalidade. Então, quando as pessoas lhe perguntarem como nós mudamos a nossa igreja, nós não exibiremos nossas musculosas pernas de coelho. Em vez disso, nós seremos capazes de dizer com toda a sinceridade: “Isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos”.

http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/755/Revitalizacao_de_Igreja_Um_Trabalho_de_Tartaruga_Nao_de_Lebre

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Crise Confessional da Igreja Brasileira

O evangelicalismo brasileiro passa por uma grande crise atualmente, uma crise de identidade confessional. É com imenso pesar, lágrimas nos olhos e dor no coração que temos tal percepção, pois vemos que algumas lideranças de nossas igrejas não sabem mais quais são suas crenças, seus valores, ou mesmo qual é o caráter  existencial da igreja. Ao que parece, alguns de nossos clérigos estão tão perdidos doutrinariamente, que se tornaram cegos e surdos e estão completamente insensíveis a voz do Senhor, pois quando abrem suas Bíblias não conseguem mais sentir, ver, ou enxergar pela fé, a glória do Todo-Poderoso.

Essa percepção passa longe de ser mais uma crítica oportunista ou rancorosa de alguém que está cansado de igreja, mas sim uma avaliação sincera da nossa terrível realidade e um olhar preocupado com o legado que estamos deixando para as próximas gerações, pois, se continuarmos a trilhar nesse caminho de apostasia e insensatez a igreja evangélica no Brasil daqui a vinte ou no máximo trinta anos, estará tão morta quanto as igrejas da Europa e com isso, o Brasil precisará ser evangelizado novamente.

Não podemos mais fechar os olhos para o que está acontecendo em nosso meio. O zelo na pregação bíblica e expositiva, a muito tempo foi deixado de lado e substituído pelas alegorias, piadinhas, estórias, reflexões ecumênicas, sincretismo e palestras motivacionais. O púlpito que antes proclamava uma mensagem que levava o homem ao arrependimento e a glorificar o Senhor, agora serve para promover o hedonismo e o antropocentrismo, uma busca desenfreada pela satisfação pessoal e culto ao homem. O evangelho tal qual ensinado por Cristo, pregado pelos apóstolos, ensinados pelos pais da igreja e redescoberto pelos reformadores, tem sido soterrado em nossos dias por toda sorte de parafernálias pseudo-religiosas, misturadas com psicologia barata, sofismas filosóficos e senso comum.

Essa crise como dissemos no início, é uma crise confessional, sobretudo entre os tradicionais, que em busca de "crescimento" numérico estão querendo "inovar" as denominações históricas. Ao caírem nessa armadilha em busca de popularidade, relevância e crescimento, grande parte dos nossos pastores já não segue mais o cristianismo bíblico, não sabe nem mais o que significa salvação pela graça, pois não conhece a graça, nem estuda suas antigas doutrinas por considerá-las ultrapassadas. Com isso a ignorância acerca da graça é tão grande, que alguns pregam com todas as letras que a salvação já não é pela graça, mas sim pela esforço humano, boas obras ou pela obediência da lei. A crise confessional é tão grande em nosso meio, que já é possível ouvir heresias grosseiras como o ensino de que Deus a ninguém castiga, ou que Jesus não é julgador dos homens, embora claramente a Bíblia ensine o contrário. Talvez para esses nem mesmo exista inferno ou haverá o dia do juízo final.

Tal crise tem origem no despreparo teológico dos nossos ministros, que são formados por professores sem capacitação, ou que são liberais, relativistas, racionalistas, etc., mas por outro lado essa crise tem a ver em primeiro lugar com a incredulidade e ausência de uma verdadeira conversão e novo nascimento. Sim, muitos clérigos não possuem fé naquilo que pregam, nunca se converteram de verdade e encaram o ministério pastoral como uma fonte de renda, de prestígio, ou de poder.

Como porém, resolveremos esta crise? Saibamos que o remédio para isso está nas mãos de Deus, Nele está a cura para essa crise confessional da igreja brasileira, contudo, é preciso que a igreja clame por avivamento, que nossos crentes amadureçam na fé e sejam mais apologéticos, que defendam a verdade e denunciem a mentira, que estejam humilhados aos pés do Senhor clamando por misericórdia para que Ele nos livre dos anticristos, e para que aqueles conhecedores da verdade proclamem com ousadia, amor e profundo senso de justiça a legítima mensagem do evangelho.

SOLA SCRIPTURA
SOLA FIDE
SOLA GRATIA
SOLUS CRHISTUS
SOLI DEO GLORIA

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

As Boas Novas da Política

A política em si é fascinante admito. Através dela é possível organizar o Estado de modo a executar a promoção da cidadania, da democracia e da justiça. Mas a corrupção do gênero humano tornou a política uma atividade repugnante para aqueles que prezam pela ética, honestidade e transparência, isto porque nos bastidores do poder as relações entre as partes, está baseada em um eterno conflito de interesses pessoais, ideológicos e estratégicos, com isso, para que as instituições do Estado possam funcionar, as negociatas, o famoso "toma lá dá cá", os conchavos e as trocas de favores se tornaram mecanismos indispensáveis nesse jogo de xadrez. Deste forma não tem como acreditar em discursos de ética na política. Política e ética são conceitos praticamente antagônicos, verdadeiros antinômios, não se combinam tal qual água e óleo, sobretudo na realidade brasileira onde o desejo de obter vantagens pessoais indevidas parece estar no nosso DNA.

Isto posto, vejo que a Marina Silva (e devo votar nela possivelmente) levantou o lema da "Nova Política", o neto do Dr. Tancredo, Aécio, fala em fazer "Boa Política", no fundo os dois prometem o impossível, pois uma boa e nova política só será possível quando a corrupção da natureza humana for destruída e teologicamente isso só é possível através do "Novo Nascimento", que é uma total, completa e profunda transformação da maneira de pensar, agir e viver, não só dos políticos, mas de todos nós.


Com isso, não quero desencorajar o voto ou pregar a desesperança, mas quero convidar a você querido leitor a fazer uma reflexão óbvia. A Política só será boa ou nova quando as "Boas Novas" que o Mestre Jesus ensinou se tornarem realidade em cada pessoa. Com isso a Política do auto-benefício, do egoísmo, será trocada pela Política do bem comum, a busca pelas vantagens indevidas, será transformada em política de justiça e cidadania para todos, mas isso somente ocorrerá quando aprendermos a amar e então sabermos compartilhar e promover o bem comum.

Pensemos nisso.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Falando um pouquinho sobre a doutrina da salvação.

A doutrina da salvação tem sido muito mal ensinada em muitas igrejas. Percebo que muitos querendo fugir do tradicionalismo acabam deixando de lado a tradição. Mas, é preciso, porém, deixar claro, que uma coisa é o tradicionalismo e suas prisões denominacionais, e outra coisa bem diferente são a tradição ou a ortodoxia, que são a correta doutrina.

Quanto à ortodoxia quero dizer que a questão não é seguir a escola Calvinista ou a Arminiana, mas a questão é seguir o que Cristo e os Apóstolos nos dizem pelas Escrituras e vemos claramente que os pontos centrais da doutrina bíblica da salvação estão didaticamente expostos na TULIP dos Calvinistas.

A TULIP é um acróstico em inglês, onde cada letra representa um tópico da doutrina e sua ordem está predisposta de forma racional e de acordo com o que a Bíblia diz.

O “T" significa em português, depravação total. Este tópico aborda como a queda afetou moralmente o homem. Este ponto mostra que a queda no Éden fez com que todo caráter do homem fosse afetado pelo pecado, de modo que toda sua vontade e capacidade racional estão sujeitas ao pecado. Jesus, Paulo e várias partes da bíblia confirmam isso. Todos os homens são naturalmente pecadores e totalmente contaminados e escravizados pelo pecado, por isso carecem da glória de Deus, isto é, estão sem comunhão com Ele e sem poder agradá-Lo por suas obras. (Ver: João 6.44; Romanos 3)

A letra "U", fala da eleição incondicional. A realidade da predestinação é clara na Bíblia, muitos textos comprovam este ensino, até o próprio Jesus em muitas vezes menciona os termos "escolhidos", "eleitos", e este ponto mostra que tal ato de escolher não é baseado em qualquer mérito humano, mas no fato de que Deus escolhe e predestina incondicionalmente de acordo com o beneplácito da sua vontade, isto é, a eleição é com base na riqueza da sua graça, posto que ele decida salvar e reconciliar consigo mesmo, pessoas indignas, pecadores que durante suas vidas antes da regeneração, faziam de tudo para negá-Lo e afrontá-Lo através de suas mentes carnais corrompidas pelo pecado. (Ver Romanos 8, Efésios 1; 2º Tessalonicenses 2.13)

A letra "L" seja talvez o ponto mais odiado pelos Arminianos e incrédulos em geral, pois fala da expiação limitada, cujo ensino afirma que Jesus não morreu por todos os seres humanos, mas sim, somente pelos eleitos. Este ensino, embora polêmico tem total respaldo Bíblico, Jesus afirma que só vão até Ele aqueles que o Pai os dá, afirma também que suas ovelhas reconhecem sua voz e O seguem, isto faz todo sentido, posto que a Bíblia ensina que o sacrifício de Cristo é eficaz, isto é, atinge o objetivo que é salvar o homem. Ora, se a expiação fosse ilimitada e ao mesmo tempo, eficaz chegaríamos à salvação de toda a humanidade, que é a heresia antiga do universalismo, não que o sangue de Jesus seja insuficiente para salvar a todos, mas o universalismo é herético porque em nenhum lugar da Bíblia encontramos base para tal ensino, pelo contrário, vê-se claramente que o inferno é real e muitos irão para lá, exatamente porque não houve para estes, expiação, ou substituto penal diante da severa justiça e santidade de Deus. (Ver Mateus 22:14, Hebreus 9.12, João 10)

O penúltimo ponto é iniciado pela letra "I", cujo ensino é sobre a irresistível graça. Todos concordam que todo homem resiste a Deus, mas isto é, até determinado ponto de suas vidas, onde os homens lutam contra Deus não querendo sujeitar-se aos princípios bíblicos. Entretanto, os escolhidos não resistem para sempre. Um claro exemplo disto é Saulo, ele odiava Jesus e os cristãos, gostava de prender, açoitar e consentia com a morte dos crentes, até que um dia a graça irresistivelmente o alcançou e lhe derrubou do cavalo do orgulho e lhe tirou as escamas da ignorância e da falsa religião e lhe converteu ao evangelho e assim como ele, muitos dão testemunho semelhante. Não queriam a salvação, pelo contrário literalmente odiavam o Evangelho, falavam mal dos crentes, mas hoje são exemplos de cristãos. Como bem disse Spurgeon, “a graça não viola a vontade humana, mas docemente triunfa sobre ela”, entendamos com isso que a graça é irresistível também, pelo fato que ela é a manifestação da vontade de Deus, um Deus que é soberano, cujo agir ninguém pode impedir e cujos planos não podem ser frustrados. Portanto, aqueles a quem Deus decidiu salvar serão salvos e nada pode mudar isso, nem se quiserem, posto que suas vontades serão mudadas e receberão gratuitamente fé para crer. Isso é o milagre do novo nascimento! (Ver Atos 9; Ezequiel 11.17-19, Efésios 2)

Por fim, o "P" aponta o ensino da perseverança dos salvos, "uma vez salvos, salvos para sempre". Os Arminianos aceitam que é possível ao crente que verdadeiramente foi lavado e remido no sangue de Jesus, perder a salvação, caso cometa algum deslize. Porém, isto é um erro absurdo. Jesus garante que aqueles que o Pai lhos dá de modo algum ele lança fora, disse ainda que as suas ovelhas ninguém arrebata de sua mão. Paulo declara, que nada, nem ninguém, ou nenhuma circunstância pode separar o eleito do amor de Cristo, além do mais, os dons e as vocações dadas por Deus (e a salvação é um dom) são irrevogáveis. O nome do salvo, uma vez escrito no livro da vida, não pode ser riscado ou apagado, ainda que um salvo tropece, não ficará prostrado. Além disso, se o fato de alguém pecar lhe custa perder a salvação, isto implica que tal salvação está baseada nas obras e não na graça, só por isso, esta possibilidade deveria ser rechaçada de cara, pois não tem respaldo bíblico algum. Mas antes de qualquer questionamento, é evidente que uma pessoa que se diz crente, mas vive em pecados e dissoluções nunca foi regenerada realmente; pois o salvo vive para Deus, em novidade de vida tendo como alvo de vida a glória de Deus, se uma pessoa se batizou, confessou pecados, viveu um bom tempo piedosamente, mas no final se rebelou e negou à fé, esse tal não perdeu a salvação, pois na verdade nunca a teve e não se perde o que não se tem. Como disse o apóstolo João, “estava entre os nossos, mas não era dos nossos”. (Ver João 6.37; Romanos 8.39; 1º João 1.19; 1º Coríntios 6.20, 2º Coríntios 5:17).

Portanto, eis aí um breve resumo da verdadeira doutrina da salvação, conforme as Escrituras registram e conforme os pais da igreja ensinaram e de acordo com os princípios reafirmados pelos protestantes. Doutrina esta, que precisa ser resgatada pelos cristãos deste século, para que eliminemos os falsos ensinos e ao mesmo tempo glorifiquemos a Deus pela sua Palavra.

sábado, 9 de agosto de 2014

Cinco Ideias para Cultivar o Evangelismo

Por : Matt Merker 30 de Junho de 2014
 
O que você precisa para fazer evangelismo? Os ingredientes não são muitos. Você precisa do evangelho, as boas novas de Jesus Cristo. Você precisa de um evangelista, alguém que anuncie essas boas novas. E tem mais uma coisa: você precisa de público — pelo menos uma pessoa que ainda não creu no evangelho.
Para muitos pastores, essa última é a parte mais difícil. Em uma semana repleta de preparo de sermão, reuniões, aconselhamento, administração, visitas a hospitais e ligações tarde da noite pedindo por ajuda; sem mencionar o cuidado da sua própria alma e da sua família, como o pregador consegue encontrar tempo para compartilhar as boas novas com incrédulos?
Em certo sentido, essa é uma tensão boa e necessária. Quando o ministro  responde ao chamado ao pastorado, ele meio que recua da linha de frente do evangelismo para o campo de suprimentos. Ele não mais é um soldado em combate corpo-a-corpo. A sua prioridade agora é agir como um general: o seu trabalho envolve criar estratégias, equipar e delegar (veja Ef. 4.12). A esperança é que, ao treinar evangelistas, ensinar sobre evangelismo e proclamar o evangelho semanalmente à igreja reunida, o ministério evangelístico do pastor multiplique ao invés de diminuir. Isso é bom e correto, e pastores não deveriam se sentir culpados por priorizar o papel singular que Deus deu a eles de cuidar das ovelhas e treiná-las no ministério. Um pastor não é um louco por evangelismo, mas um capacitador de evangelismo.
Mas isso não significa que o seu ministério pessoal de evangelismo deva se desintegrar. Paulo instruiu o jovem pastor Timóteo a fazer "o trabalho de um evangelista" (2Tm 4.5). Até mesmo o maior general ainda é um soldado em essência. O pastor nunca deve se tornar tão confortável em ensinar a outros como evangelizar que o seu próprio zelo por compartilhar o evangelho evapore de tanto ferver em segundo plano. Pastores que são zelosos por evangelismo tendem a ter congregações que são zelosas, enquanto pastores que raramente evangelizam podem descobrir que as suas congregações são igualmente indispostas.

CINCO MANEIRAS DE UM PASTOR CULTIVAR EVANGELISMO

Então, como um pastor pode cultivar oportunidades para o evangelismo? Visto que eu preciso de tanto crescimento quanto qualquer pastor, eu contatei alguns amigos pastores para perguntar-lhes como eles priorizam o evangelismo em suas agendas cheias. Baseado em suas respostas, aqui estão cinco sugestões:

1. Seja Criativo
Primeira sugestão, seja criativo. Para conhecer mais incrédulos, você precisa estar disposto a pensar fora da caixa. Um pastor de uma cidade pequena me disse que ele e seus presbíteros frequentemente fazem suas reuniões administrativas em cadeiras de jardim no seu quintal da frente. Eles estão dispostos a sacrificar a eficiência pela oportunidade de conversar com vizinhos que possam passar por ali — e ficam entusiasmados quando alguém aparece querendo conversar sobre Cabala [tipo de misticismo que se baseia em decifrar a Torá, texto central do judaísmo]. É uma oportunidade instantânea para o evangelho.
Outros mencionaram usar hobbies ou afazeres como maneiras de maximizar oportunidades evangelísticas. Em vez de fazer umas cestas com amigos cristãos, pode-se encontrar um grupo de empresários locais com quem jogar, abrindo a porta para novas amizades. Um pregador da Península Arábica disse que o tempo em família no clube local é uma das melhores maneiras para fazer amizades com aqueles que vivem em sua vizinhança.
Criatividade também é útil quando se tenta transformar uma conversa que seria mundana com um vendedor, um vizinho ou um garçom em questões espirituais. Se alguém está falando sobre as notícias, esportes ou até mesmo o clima, normalmente há uma abertura para apresentar uma relevante verdade sobre Deus ou sobre o nosso mundo caído que possa levar a uma discussão mais profunda. Para isso, é claro, precisamos não apenas de raciocínio criativo, mas de ousadia e amor forjados pelo Espírito para lançar fora o medo do homem e compartilhar Cristo quando é constrangedor fazê-lo.

2. Seja Consistente
Segunda, seja consistente. Você está disposto a abandonar a variedade e comer no mesmo restaurante repetidas vezes para passar a conhecer seus funcionários? Há anos, meu próprio pastor foi modelo dessa consistência em nome do evangelho, tanto que fazemos piadas sobre ele ser o capelão da modesta lanchonete onde todo garçom e garçonete sabe o nome dele e vem a ele com questões espirituais. 
Outro amigo me falou dos frutos que ele desfrutava ao visitar a mesma lavanderia, semana após semana, e orar por oportunidades para falar sobre Cristo com os funcionários. Eventualmente, uma das funcionárias visitou a sua igreja, uniu-se a um grupo de estudo bíblico com algumas das mulheres da igreja e recentemente fez sua profissão de fé em Jesus.

3. Seja Consciente
Terceira, seja consciente. Precisamos orar por consciência com relação aos perdidos à nossa volta. Um aluno de seminário na Inglaterra notou que quando ele está consciente de quantas pessoas — mais provavelmente incrédulos — estão sentadas à sua volta no trem, ele notavelmente abre a sua Bíblia e a lê. Conversas a respeito de Deus frequentemente são o resultado.
Nesse sentido, vale a pena estar consciente da utilidade do título de pastor. Muitas conversas começam com: "Com o que você trabalha?" Responder: "Sou um pastor cristão" pode parecer um pouco “passivo”, então, em vez disso, use uma resposta “ativa”. Por exemplo, eu tentei incluir alguma versão da seguinte frase na minha conversa. Eu digo algo como: "Eu sou um pastor em treinamento em uma igreja. Então eu amo ouvir todo o tipo de pessoas e seus pensamentos sobre Deus, espiritualidade e quem é Jesus".
E não se esqueça de que como pastor você pode servir aos incrédulos na sua vizinhança de maneiras "especificamente pastorais", o que quase sempre contém grandes oportunidades evangelísticas. Um parente de um vizinho faleceu? Ofereça-se para pregar no funeral.

4. Seja Colaborativo
Quarta, seja colaborativo. Encontre maneiras de participar do evangelismo que a sua congregação já está fazendo no local de trabalho e na vizinhança. Um pastor mencionou como alguns empresários da sua igreja formaram um "grupo de investigação de Deus", que se reunia regularmente durante o almoço no escritório, e o convidaram para comparecer de vez em quando para construir relacionamentos. O seu ministério de hospitalidade é uma grande forma de conspirar com amigos cristãos em favor do evangelismo. Organize um churrasco, um jantar ou uma noite de jogos e diga aos membros da igreja que você irá convidar alguns amigos não-cristãos.

5. Seja Comprometido
Quinta, seja comprometido. Nenhum pastor deve necessariamente adotar todas as ideias específicas acima — esse não é o ponto. O ponto é que um ministério de pastorado deve se assemelhar ao do Grande Pastor, que veio para "buscar e salvar os perdidos" (Lc 19.10). O chamado e a agenda singular do pastor certamente tornam isso um desafio, embora devamos também admitir que frequentemente a nossa própria preguiça e o nosso egoísmo nos impedem mais de evangelizar do que circunstâncias complicadas.

ESTUDE E SABOREIE O EVANGELHO
Então, pastor, de que forma acontecerá o comprometimento com o evangelismo na sua rotina semanal? Para começar, deixe-me encorajar você a orar regularmente por oportunidades. Adquira responsabilidade nessa área. Esteja consciente das suas tendências de se omitir.
Mas, o mais importante, estude e saboreie o evangelho. "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram" (2Co 5.14). Entesourar essa preciosa mensagem de Cristo e conhecer o seu poder nas nossas próprias vidas é o melhor antídoto para a atrofia evangelística.

Tradução: Alan Cristie

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Não é gosto, é cosmovisão

A questão não é gostar de uma visão teológica, mas sim entender o que cada uma defende e abraçar e defender aquela que melhor expressa a verdade bíblica e que mais exalta a glória de Cristo.

Antes eu gostava do Arminianismo (e do Marxismo também) porque essa visão valoriza o homem e o coloca como sendo capaz de se salvar através do livre-arbítrio, mas em contrapartida eu repudiava o Calvinismo, porque já esta visão, mostra toda a miséria da raça humana, retira todo o poder do homem se redimir (já que este é totalmete depravado e afetado em todo seu ser pelo pecado) e além disso, o Calvinismo apresenta um Deus soberano que domina sobre tudo e todos, como um absoluto Senhor. Dizia na minha insensatez:"se Deus é tão soberano assim, não passamos de marionetes". Como muitos evangélicos confundia livre-arbítrio com livre-agência... 

Hoje pela graça de Deus, depois de uma profunda reflexão sobre minhas crenças e de muitas crises internas e externas abracei o Calvinismo pelas mesmas razões que antes me faziam detestá-lo.

Percebi que o Calvinismo que erroneamente é reduzido a apenas à doutrina da predestinação, é o sistema "mais bíblico", e que portanto, melhor delinia toda a cosmovisão cristã a partir da concepção de que o Deus bíblico de fato é o Deus Soberano de todo Universo e com graça salva pecadores indignos por meio de Cristo...

domingo, 30 de março de 2014

O juízo de Deus e a doutrina da justificação.


Texto base: Apocalipse 20:11 – 15 e Romanos 3:9:18

Que visão gloriosa, esta que João teve. Ele viu o “grande trono branco”, expressão que denota toda a santidade, poder, glória e majestade de Deus. João viu o dia do julgamento. O dia do juízo final, o dia em que todos os inquéritos serão lidos e processados. O dia em todos os crimes serão relembrados e julgados com justiça. Os crimes mais escandalosos, mas também aqueles pecadinhos mais ocultos, os nossos segredos mais perversos, aqueles que estão trancados nos porões da nossa alma todos eles serão revelados. Todos serão julgados pelo Justo Juiz.

Em Romanos 3:9 o texto apresenta uma conclusão terrível – “TODOS ESTÃO DEBAIXO DO PECADO”. Tanto faz se é judeu ou grego, preto ou branco, rico ou pobre, homem ou mulher, jovem ou velho, todos estão debaixo do pecado e são culpados diante de Deus.

Agora pensemos juntos. Se todos são pecadores e culpados diante de Deus, seria possível alguém com os mais perversos pecados passar pelo tribunal mais poderoso e justo do universo e mesmo com todas as provas e evidências de seus atos maus, serem declarados inocentes? Se Deus é justo e não deixará os pecados impunes, qual a nossa esperança? Como então obter absolvição? Salvação? A resposta teológica é: através da justificação.

Segundo J.I.Packer, em seu livro, “Teologia Concisa”, “A justificação é um ato judicial de Deus, perdoando pecadores, aceitando-os como justos e, assim, tornando-os permanentemente aceitos em seu antes alheio relacionamento com ele.”.

Mas como isso é possível? Como pode haver perdão de pecados, se Deus é santo e justo e é vingador do pecado, que se ira todos os dias (Salmos 7:11), e julgará naquele grande dia, todos os grandes e pequenos sem distinção? A outra resposta teológica para isso é o amor e graça de Deus, através obra de Cristo.
Será que temos ideia do que significa a obra de Cristo? Sabemos o que realmente significou a morte sangrenta da cruz? Pensamos que Jesus morreu como um revolucionário que não teve sucesso em sua revolução? Acreditamos que a morte de Jesus significou apenas a injustiça cometida por um povo atrasado e sem coração? Ou realmente entendemos que o sangue derramado foi um ato de amor e ao mesmo tempo de justiça de um Deus Santo e Gracioso?

Entendamos que a morte de Jesus foi um sacrifício de caráter substitutivo, remidor e expiatório. Mas para entendermos isto, é preciso voltar ao Velho Testamento.

Ainda no Éden, logo após a queda, Deus já mencionou parte do que havia planejado para redimir o homem caído e remover sua vergonha – “E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” - Gênesis 3:21 . Algum ser foi sacrificado para cobrir a vergonha dos primeiros pecadores. Ainda em Gênesis 22 quando Deus prova Abraão e lhe pede Isaque em sacrifício, na “h”, quando ele iria descer o cutelo no pescoço do jovem Deus proveu um cordeiro substitutivo.

Na historio do êxodo do Egito, quando Deus livra o povo das mãos de Faraó Ele entrega a Moisés a Lei, nela Deus estabelece um conjunto de rituais que envolvia a morte de animais para expiar o pecado do povo. Em Levítico 17:11 diz: “Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.” Ainda em Hebreu também vemos: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

Remissão é perdão, clemência. Expiação é sofrer a consequência. Teologicamente, conforme J.I.Packer escreve “expiação significa fazer reparação (...) apagar a ofensa e dar satisfação pelo erro praticado, portanto, significa reconciliar consigo mesmo aquele que está alienado e restaurar o relacionamento rompido”.
Mas o sacrifício de animais era ineficaz, não era perfeito, tinha que ser constantemente repetido e repetido, e repetido...

Por isso Jesus morreu sacrificialmente, pois ele é o Cordeiro pascal expiatório, perfeito, sua morte eficaz valeu de uma vez por todas! Louvado Seja Deus!  O sangue de Jesus é poderoso para remir os pecados para sempre!

Ele morreu na cruz como expiação pelo nosso pecado, isto é, sofreu a culpa por nós como bem profetizou Isaías 53:4-11:

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.”

“O Justo justificará a muitos”...
No dia do juízo final, os livros serão abertos e conforme João viu em sua visão na ilha de Patmos, nestes livros estão os registros de todos nossos atos, cada pensamento mau, cada mentira que dissemos e todos os crimes de foro íntimo, aqueles que ninguém sabe, serão expostos por Deus “pois ele julgará os segredos dos homens”, todos os nossos atos serão julgados e como somos pecadores e a recompensa pelo pecado é morte, estejamos certos do que o que merecemos justamente é a morte, e não há nenhum argumento nosso que poderá reverter esta sentença a não ser a obra expiatória de Cristo.

O justo Jesus justificará todo aquele que nele crer, todo aquele que não mais está debaixo do pecado, mas sim coberto pelo seu sangue remidor!

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3:24-26).

Para ilustrar e concluir esta breve explanação sobre a doutrina da justificação segue o relato de um sonho real contado no Livro “Cave Mais Fundo”de Joshua Harris, pela Fiel Editora:

“Sonhei que estava numa sala cheia de fichários que continham cartões de registros. Era como os fichários que as bibliotecas usavam no passado. Quando abria um fichário, descobria que tinha cartões que descreviam pensamentos e ações da minha vida. A sala era um sistema de registro antigo de tudo de bom ou mau, que eu já fizera. Quando examinei os cartões que estavam sob o título “amigos que traí”, “mentiras que contei” e “pensamentos lascivos”, fiquei dominado por culpa. Momentos esquecidos a muito tempo nos quais pratiquei atos errados, eram descritos em detalhes alarmantes. Cada cartão estava escrito com minha própria letra e tinha minha assinatura. Infelizmente, meus atos errados superavam as minhas boas realizações. Tentei destruir um cartão, desesperado para apagar a memória o que tinha feito. Mas o passado não podia ser mudado. Podia somente chorar diante de meu fracasso e vergonha. Então Jesus entrou na sala. Ele tomou os cartões, um por um e começou a assinar neles o seu nome. Seu nome cobria o meu e estava escrito com seu sangue. Quando despertei do sonho, fiquei bastante emocionado. Nunca havia sido tão consciente de minha culpa diante de Deus e, ao mesmo tempo, da realidade de meu perdão da parte de Deus. O sonho me ajudou a ver que meu fracasso e pecado eram piores que do que eu pensava. Todavia, incrivelmente, a graça e o amor de Deus para comigo em Jesus, eram também muito mais poderosos do que eu jamais imaginara. Na cruz, Jesus tomou o meu lugar. Levou sobre si mesmo todos os meus pecados. As incríveis implicações da morte do Filho de Deus em meu lugar, por meus pecados, inundaram minha alma como jamais o fizera.”


Que Deus nos abençoe...

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Requisitos indispensáveis para ser pastor.

O apóstolo Paulo, escrevendo dentre outras coisas, instruiu seu filho na fé Tito, quanto à necessidade de estabelecer lideranças sérias na região de Creta, a maior ilha da Grécia, situada ao sul do Mar Egeu, que pela sua georgrafia, era uma localidade estratégica para a propagação do evangelho. Paulo usa o termo “pôr em boa ordem as coisas que ainda restam e estabelecer presbíteros”, em outras palavras, Tito deveria colocar ordem na casa. Uma tarefa nada fácil para Tito que certamente lhe traria algum desgaste. Os presbíteros que Tito iria estabelecer precisavam atender a alguns requisitos importantes:
“Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.” Tito 1:6-9.
Conforme lemos acima, para ser pastor, ou presbítero é necessário ser irrepreensível, isto é, ser de honra ilibada, alguém cuja vida seja transparente e reta, sem que exista um ai de dúvida sobre o seu caráter, alguém sem motivo algum para ser repreendido. Infelizmente, porém, o que mais tem se visto ultimamente são líderes de fama e caráter duvidosos, homens envolvidos em suspeitas de adultérios, ou desvio de recursos, com fama de mexeriqueiros, maldizentes, causadores de intrigas e maus mestres, e outras coisas incompatíveis com o ministério episcopal.
Paulo também orienta Tito, a escolher pastores, que tivessem uma vida familiar exemplar, que fosse marido de uma só mulher, atualmente, porém, para tristeza nossa é comum ver pastores que se divorciaram e recasaram, caíram em adultério, mas vivem em suas igrejas como se esta recomendação bíblica não existisse. Por outro lado, também existem muitos pastores fiés as esposas, mas que são péssimos pais, como Eli, cujos filhos viveram para envergonhá-lo com suas desobediências e dissoluções. Esses tais não têm condições de dirigir uma igreja, já que não podem dirigir suas casas.
A orientação de Paulo, é que os pastores escolhidos fossem e sejam, homens piedosos, santos, verdadeiramente irrepreensíveis como despenseiro da casa de Deus, isto é, que sejam exemplos de servos, humildes, mansos, sóbrios, pacíficos, sem coração cobiçoso e livre da avareza, mas infelizmente não é incomum ouvir falar de pastores e líderes que são exatamente o oposto disso. Homens irreverentes, de linguagem chula, cheios de si, que medem o crescimento da igreja com números e cifrões, homens cheios de violência e truculência no trato com as ovelhas e por aí vai.
O último requisito e certamente mais importante, é a forma como o pastor manuseia a Palavra de Deus. Paulo exorta que ele deve retê-la com firmeza, isto é, sem cair na tentação de suavisar seu conteúdo para ser mais popular, ou disposto a ignorar doutrinas antigas, porém fundamentais, com o discurso falso de contextualizar o evangelho e torná-lo mais atraente. Este requisito, porém, assim como os demais, também tem sido muito depreciado por muitos “pastores” de nossos dias que em busca de “crescimento” trocam a poderosa mensagem das Escrituras pelas mensagens de “autoajuda”, do tipo: “Sete passos para uma vida feliz, como ficar em paz consigo mesmo, como ter sucesso na área tal”. Ou então, trocam os vigorosos sermões expositivos por ensinos rasos e superficiais, que falam sempre sobre falso moralismo, sobre tradicionalismo e costumes denominacionais, sem falar nas mensagens tópicas que se baseiam em versículos isolados do contexto usados indiscriminadamente para disseminar opiniões pessoais, na maioria das vezes heresias sutis, porém, destruidoras que tem causado sérios prejuízos à igreja Cristã.
Dito isto, vemos que a tarefa de Tito não era somente escolher bons pastores, mas também, silenciar os maus, não lhos dando espaço nas igrejas, não deixando que suas falas destruidoras ficassem ecoando pelas igrejas, pois, Paulo entendia que os maus pastores causam mais dano ao Evangelho do que aqueles que abertamente se posicionam como adversários da igreja, “aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.” Tito 1:11.
A melhor maneira de tapar a pouca desses tais é anunciando a verdade, pregando e principalmente vivendo o verdadeiro evangelho, isso pode até causar mal estar na igreja, mas é um mal necessário.
“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” 1 Coríntios 11:19.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Carona solidária...



Quem anda atualmente pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro já deve ter reparado nas placas luminosas colocadas pela Prefeitura que incentivam a população a evitar andar de carro pela cidade, que está caótica em função das obras do Porto Maravilha. Uma das mensagens incentiva à corona solidária, ou seja, quem tem carro deve oferecer caronas para amigos, parentes e vizinhos, com isto, (pelo menos na teoria) haverá menos carros nas ruas, e menos gente no complicadíssimo transporte público, é um apelo válido, mas que certamente não vai resolver o gigantesco caos no sistema viário da cidade.

Mas o objetivo não é dissertar sobre o transporte da cidade do Rio, é que o termo “carona” veio à mente em função de uma indireta vista na Internet, onde certo indivíduo (se intencional ou não, Deus o sabe) foi provocativo usando jocosa e pejorativamente, o termo “pegar carona com os homens do passado, para exortar os outros” (mais ou menos isso). Os homens do passado, em questão seriam Lutero, Calvino, Owen, Spurgeon, etc., pessoas que os verdadeiros protestantes admiram pelo importante legado que deixaram cujas obras são fontes preciosas para aumentar o leque de conhecimento e para preparar servos para trabalharem no Reino.

Vez por outra cito algumas frases desses “homens do passado” para em primeiro lugar, compartilhar um valioso conhecimento que tem sido deixado de lado em detrimento a uma série de baboseiras e heresias do mercado gospel, que tem sido oferecido como genuíno evangelho, quando muitas vezes não passa de “doutrinetas” e crendices sincréticas que desonram e servem de escárnio dos crentes.

Penso que se alguns líderes, que em sua miopia imaginam-se mais evoluídos e preparados para representar o Evangelho, pegassem “carona com os homens do passado”, o evangelicalismo brasileiro não estaria nesse estado deplorável em que se encontra. Como seria bom se a maior parte dos ministros atuais pegasse carona nos ensinos de Agostinho, Calvino e de Lutero, talvez a visão sobre a Graça de Deus não seria tão distorcida na igreja, talvez os crentes de fato prestassem um verdadeiro culto solene e não teríamos essas reuniões enfadonhas, vazias de significado, onde prima à busca pelo entretenimento e autossatisfação.

Quem dera, os ministros pegassem carona nos ensinos de J. Owen e de fato pregassem a realidade do pecado e o compromisso do crente em lutar pela mortificação da carne! Como seria maravilhoso se nossos ministros pegassem carona com Jonathan Edwards e pregassem um evangelho onde o pecador precisa se arrepender e não tem direito algum de reivindicar bênçãos! Seria maravilhoso, se nossos pastores pegassem carona nos ensinos de Arthur Pink e cressem num Deus verdadeiramente soberano, que verdadeiramente domina sobre tudo e todos e que não é um simples gênio da lâmpada que atende aos caprichos da criatura!

Sinceramente, prefiro continuar a pegar carona com os antigos, do que me aventurar a andar na dureza do meu coração desprezando ensinos tão importantes que sem sombra de dúvida estão firmados na verdade do Evangelho.

Para pensar...

“Não removas os marcos antigos que puseram teus pais” (Provérbios 22:28)
“Assim, pois, irmãos permaneçam firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2º Tessalonicenses 2:15).

Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O perigo da dúvida



Marcos: 9. 24. Imediatamente o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade.

Acho este versículo interessante. Jesus fala para um homem que tudo é possível ao que crê, e este homem declara que crê, mas logo em seguida pede socorro pela sua incredulidade.

Penso que esta situação não é atípica, é porém, muito comum haver crentes incrédulos. Estes podem até ter um discurso de crente; uma postura de religiosidade bem convincente, alguns talvez até com uma fé sincera, mas que ainda possuem em seus corações fortes traços de incredulidade, onde diante de fatos mais difíceis de compreender, acabam desenvolvendo questionamentos perigosos.

Sem querer, muitas vezes pensam se Jesus é isso tudo que a Bíblia diz, se a Bíblia é de fato a Palavra de Deus, se realmente haverá um juízo final, etc... Se, se, se...

Questionamentos e indagações sobre determinados assuntos são válidos, e devemos realmente analisar as coisas, investigar, perguntar, para que cresçamos e alcancemos conhecimento. Estou me referindo a questionamentos mais profundos que onde ainda não existam respostas conclusivas como por exemplo, por exemplo como pode o homem ser plenamente responsável pelos seus atos se Deus é plenamente soberano e tem tudo sob seu controle e poder? Muitos tentando uma urgente resposta para este problema, acabaram indo para extremos perigosos, como o hipercalvinismo, ou o liberalismo e Teísmo Aberto.

Precisamos entender que nossa mente carnal é inimiga de Deus e sempre vai lutar contra o espírito, usando diferentes armas, inclusive a dúvida. O diabo, nosso astuto inimigo gosta de usar este artifício, foi assim no Édem. A dúvida, precede a incredulidade, que por sua vez resulta em heresias sutis e até na mais completa apostasia, um abandono total da fé.

Digo que apesar de ser calvinista e crer na perseverança dos crentes, me vejo como esse homem que dialoga com Jesus e declaro: "Creio! Ajuda minha incredulidade.". Isto significa, peço que Deus me livre da incredulidade, da apostasia, que a cada dia seja confirmada minha eleição, como diz Pedro, para "nunca jamais" eu tropece nestes pecados.

Queridos, é importante fazer uso dos meios de graça que Deus nos dá, para manter-nos olhando firmemente para Jesus, pensando nas excelentes coisas, que são do alto e desprezando tudo aquilo que porventura possa nos fazer vacilar.

Que Deus venha blindar nossa mente e coração para que nenhuma dúvida, seja de que natureza for, não nos impeça de descansar em sua Palavra e viver segundo seus preceitos e que assim testemunhemos muitos milagres. Que Ele a cada dia nos ajude em nossa incredulidade, concedendo graciosamente a fé, para que assim possamos agradá-Lo e servi-Lo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sede perfeitos!



Deus nos elegeu para sermos santos e irrepreensíveis em amor. Isto é; amando a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Nisto se resume a lei e os profetas.
Só que pela carne; isto é, por iniciativa nossa, somos incapazes, visto que nossa natureza pecaminosa é a inimizade contra Deus e não está sujeita a sua lei.

Todavia, o homem segundo Deus, que se renova a cada dia, e tem seu prazer na lei do Senhor e nela medita dia e noite, esse novo homem, predestinado para ser conforme a imagem de Jesus, tem em seu coração a Palavra, para então não pecar contra Deus. Este é o homem perfeito.

Entendamos que ser perfeito e não pecar não significa deixar de ter pecado, antes é dominá-lo. Deus nos lembra tal responsabilidade desde o início, basta olharmos o que Ele disse em Gênesis: 4. 7 "o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar".

Não negamos que temos pecado e este mal nos acompanhará até que recebamos nosso corpo de glória, mas temos a responsabilidade de evitar suas obras. A responsabilidade, não a capacidade, isto é resultado da obra graciosa do Pai, pelo filho e por Seu Espírito.

Neste ponto, imagine alguém muito doente, que de vez em quanto tem terríveis crises, sintomas fortes que quase o matam, imagine que este alguém tenha recebido a prescrição de um tratamento poderoso que age primeiramente neutralizando os sintomas até curar-lhe por completo, mas enquanto não mata a doença totalmente, o tratamento lhe faz viver vigorosamente bem...a doença não foi eliminada totalmente, pois precisa ser mortificada dia após dia, mas o paciente consegue viver sem os sintomas que tanto lhe debilitavam e a cada dia, vai se tornando um novo homem...

Esse remédio é a vida no Espírito. Vivendo no Espirito mortificamos a carne que é escrava do pecado, e ela uma vez mortificada não tem força para realizar sua vontade, ou seja, pecar. Veja Romanos 8:13.

Precisamos confiar que a obra da cruz não foi apenas para nos livrar da ira merecida, mas para expurgar de nós o pecado. Jesus é o cordeiro que TIRA o pecado do mundo (daqueles por quem ele morreu) e sua obra na cruz foi eficaz, para nos libertar do pecado e de suas consequências.

Na Cruz, Cristo realizou todo o propósito de Deus e no tempo certo este propósito manifesta-se na vida de cada crente de acordo com Sua soberana vontade.
Entendo que a obra do Espírito ao nos conceder dons visa um processo contínuo de aperfeiçoamento que pode ser concluído aqui sim.

Lembremos do que Jesus disse no sermão do monte: "sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai Celestial" - Mateus 5:48. Teria Ele jogado tais palavras ao vento? Ou realmente falava de algo possível, não para nós, mas segundo a eficácia do seu poder que em nós operaria? Vale lembrar que aqueles ensinos eram para serem vividos aqui.

Amados, o poder e o querer de sermos perfeitos, não está em nós, mas nem por isso podemos dizer que a perfeição nesta vida, não é uma verdade bíblica.
Tenhamos em mente Filipenses 3:15,16

" Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará. Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos. "

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não ame o mundo!


1 João: 2. 15-17 "Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre. "

João em seu texto, faz uma admoestação clara e sem margens para interpretações dúbias. Não se deve amar o mundo! Ora, amar o mundo é estar em sintonia com ele. É estar á vontade nele, amoldado, conformado, é viver em plena comunhão com suas práticas e em contra-partida, tentar conciliar com ele, o Evangelho, tornando sua mensagem mais suave, menos ofensiva, menos careta, "mais relevante" para os homens, etc...Amar o mundo é ter apego ao conjunto de valores morais e culturais, cujas bases estão contra a Deidade, cujas filosofias ofendem e contrariam Deus e sua santidade. Amar o mundo simplesmente é dar valor a toda e qualquer coisa que rouba de Deus a dedicação que lhe é devida por nós. Lembremos das palavras de Jesus ao resumir os mandamentos: "Amar a Deus com todo o coração e alma, acima de todas as coisas". Jesus quando resistiu ao diabo no deserto também exclamou com autoridade: " só ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto".

Tenhamos ainda em mente, que amar o mundo é ser inimigo de Deus, conforme nos ensina também Tiago, porque a mente mundana, isto é, a inclinação da carne é a inimizade contra Deus (ver Romanos 8;7).

Não devemos amar o mundo, porque o que há nele, não vem de Deus. E o que há no mundo?
João diz que há a cobiça da carne, dos olhos e soberba da vida, que são na verdade as paixões e vaidades, futilidades, arrogâncias e toda malignidade que o pecado proporciona, tais coisas passarão bem como aqueles que vivem nelas, mas para os separados do mundo, para aqueles que não se fartaram com os banquetes da Babilônia, para os que verdadeiramente vivem a vontade revelada de Deus, estes viverão para sempre! Deus seja louvado!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cristo veio para salvar todos!?



Este é o ponto mais tenso do Calvinismo, a questão da expiação limitada. Pra mim não foi rápido entender e aceitar a realidade de que Deus dentre toda a humanidade elegeu na eternidade, alguns para serem salvos. Steven Lawson e o Augustus Nicodemus já disseram um dia desses que "essa doutrina não é difícil de entender; é difícil de engolir", e é verdade.

A gente vê de Gênesis à Apocalipse, Deus soberanamente decretando e escolhendo, salvando e condenando tendo como parâmetro apenas sua graça e sua justiça, no entanto, mesmo com tantas evidências, construímos complexos sistemas de pensamento com o objetivo de especular e sondar sobre os conselhos do Eterno.

É fato que se Deus é soberano e todo-poderoso nada ocorre contra sua vontade, logo se alguns se perdem é pelo fato de que Ele pelos motivos que por enquanto nos são secretos não os quis salvar.

Outra possibilidade só se Deus abrisse mão de seus atributos, como defende o Teísmo Aberto, o que logicamente não tem embasamento bíblico.

Vejamos a seguir a argumentação do famoso puritano inglês, John Owen sobre o assunto:

"Se mantivermos o ponto de vista de que a morte de Cristo torna possível a salvação de todos, mas, na verdade, salva apenas aqueles que creem, então estaremos realmente dizendo que:

1 ...Deus deveria salvar todos os homens. Isto nós negamos. Deus deve fazer somente aquilo que Ele escolhe livremente fazer.

2 ...Deus não pode fazer o que Ele quer, a menos que os homens cumpram certas condições. Isto nós negamos. Isso elimina a glória de Deus.

3 ...o amor de Deus é melhor demonstrado por Ele amar todos os homens igualmente do que por amar apenas alguns homens. Negamos isto.

4 ...Deus enviou Seu Filho para morrer porque Ele amou todos os homens igualmente. Negamos isto, por que não é bíblico. Muitas passagens bíblicas descrevem claramente pessoas que não são o objeto do amor que enviou Cristo para morrer. Por exemplo:
Provérbios 16:4; Atos 1:25; Romanos 9:11-13; I Tes. 5:9; II Pedro 2: 12; Judas 4.

5 ....a fé, que é a condição para se receber a salvação, não é obtida para nós pela morte de Cristo. Mas, as Escrituras ensinam que essa fé é um dos benefícios obtidos para nós por Cristo.

6 .... em Sua morte, Cristo foi o substituto para toda a humanidade. Negamos isto, pois se Ele foi o substituto para todos. então todos são salvos.

7 ...Cristo morreu por aqueles a quem o Pai sabia que não seriam salvos, uma vez que o Pai conheceu de antemão todas as coisas. Não vejo o que se lucro com tal argumento! (Romanos 8:29-30).

Ora, alguns têm argumentado que, embora seja verdade que algo obtido para alguém lhe pertence por direito, todavia é possível que tal coisa tenha sido obtida sob certas condições. E, dizem que a condição para que possamos receber os benefícios obtidos por Cristo é que não resistamos à redenção oferecida, ou que nos submetamos ao convite do evangelho, ou, simplesmente, que tenhamos fé. É contra este argumento que apresento os seguintes pontos:

As condições necessárias para a obtenção dos benefícios advindos da morte de Cristo devem, ou não, estar dentro de nosso poder para realizá-las? Se a resposta for positiva, então todos os homens têm poder para crer; o que é falso. Se a resposta for negativa, então o Senhor deve conceder esse poder, ou não? Se Ele o concede, então por que todos não são salvos? Se Ele não o concede, não pode colocá-lo como condição, ou Ele não estaria sendo sincero ao pedir de nós o que somente Ele pode nos dar. É como se alguém prometesse mil libras a um cego, com a condição de que o homem pudesse vê-las.

Fé, a condição para usufruirmos a salvação, ou é obtida para nós através da morte de Cristo, ou não é. Se é obtida, então todos os homens a têm, pois dizem que Cristo morreu por todos. Se não é obtida para nós por Cristo, então a parte mais importante de nossa salvação não depende de Cristo! Isto diminui a glória de Cristo. E também é contrário ao ensino das Escrituras que dizem que a Fé é um dom de Deus (Vide Filipenses 1:29 e Efésios 2:8).

Afirmar que Cristo morreu por todos, mas somente alguns que cumprirem certas condições poderão ser salvos, é fazê-Ia apenas meio mediador. Dizem que Ele obteve a salvação para todos. Mas de que adianta isso, se Ele também não cumpriu as condições? - pergunto eu!".
(John Owen)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Zumbis existem?!



Um dia desses assistindo o seriado The Walking Dead (sim, eu vejo um seriado de zumbis!) uma frase de um diálogo me chamou muito a atenção, foi mais ou menos assim: "o mundo agora é dos mortos-vivos".
Para quem não assiste, a série se passa num mundo caótico infestado de zumbis, mortos-vivos que ameaçam a existência da raça humana e mostra os mais variados conflitos de Rick e seu grupo que lutam para sobreviver, (enredo bem clichê, é verdade,mas, com diálogos e cenas muito interessantes, apesar das bizarrices).
Bem, de fato o mundo é dos mortos-vivos! Não só no seriado, mas na vida real, desde de Adão o mundo inteiro está infestado de zumbis! Não estou falando de zumbis como do seriado que assisto ou dos inúmeros filmes de terror, que apresentam monstros cadavélicos que andam errantes mordendo pessoas ou devorando cérebros, mas falo de zumbis espirituais, no sentido de estarem sem a verdadeira vida que é Cristo.
O homem não regenerado está morto "em seus delitos e pecados", isto é um fato!
Em The Walking Dead, o protagonista, Rick e seu grupo passaram um bom tempo sem saber que estavam infectados com o mal que mais cedo ou mais tarde transforma humanos em zumbis.
Comparando com a vida real, muitos também vivem suas rotinas lutando pela sobrevivência, trabalhando, estudando, vendendo, comprando, doando, fazendo e cumprindo regras sem imaginarem que hospedam dentro de si um mal terrível. Na série todos já estão infectados com o vírus zumbi, eles não sabiam e quando eles  descobriram isso, as reações foram diversas, uns desistiram e perderam a esperança, outros simplesmente se preocuparam em sobreviver mais um dia, enquanto Rick e alguns poucos continuaram decididos a encontrar a cura, de um jeito ou de outro.
Nessa analogia com o seriado; afirmo que quando o homem se depara com a sua realidade de morte espiritual, ele tende a reagir tal qual os personagens do seriado zumbi, ficam indiferentes pensado no hoje, ou então incrédulos, ou então tentam através de seus próprios meios, em muitos casos, até inconscientemente, resolver o problema, com vícios ou falsas religiões. Outros, porém, reconhecem as suas incapacidades e pela vontade salvífica de Deus, se agarram a Palavra de Jesus.
Em The Walking Dead a rotina é cruel, uma luta diária pela sobrevivência, tal como no mundo real. No entanto, enquanto que para Rick e os outros não há nenhum sinal de cura ou esperança, para o pecador arrependido há esperança e cura. Na verdade existe mais que cura, em Jesus há uma restauração total e completa, há uma nova vida, vida abundande. Em Jesus e somente n'Ele, há verdadeira salvação.
Efésios: 2. 1. Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2. nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, 3. entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. 4. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5. estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 6. e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus.

PT - Uma estrela cadente

Dando uma rápida olha na minha modesta biblioteca, achei um livro publicado em 2005, do colunista do jornal Gazeta do Povo e da revista ...