1 Coríntios: 11. 28-32
"Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo."
Amanhã é domingo, e sendo primeiro domingo de dezembro em nuitas igrejas será celebra a última Ceia do Senhor em 2014. Por isso o texto a seguir para nossa meditação.
Muitos quando leêm a primeira carta de Paulo aos Coríntios enxergam uma igreja problemática, e de fato, naquela igreja existiam muitos problemas: divisões, tolerância para com o pecado e imoralidades, visão equivocada acerca dos dons do Espírito e de seu uso na igreja, uma liturgia fora do padrão desejado por Deus, irreverência na celebração da Ceia do Senhor e por aí vai. Contudo, é bom entender que a igreja de Corinto, assim como, as Sete igrejas da Ásia, e todas demais igrejas citadas no Novo Testamento, nos servem de arquétipos, exemplos positivos ou não para a igreja de hoje.
Quando Paulo ensina aos irmãos corintios sobre como a Ceia deveria ser celebrada, ele pela direção do Espírito, também aproveitou para alertá-los acerca do perigo que correm aqueles que tomam parte na Mesa, porém, indignamente ou sem o discernimento correto deste importante memorial cristão.
Paulo ensina que tais pessoas estão trazendo sobre suas vidas juízo da parte de Deus, e tal juízo é manifestado pela presença de pessoas "fracas e doentes e muitas que dormem".
Se pararmos para analisar muitas das nossas igrejas de hoje, constataremos muitos crentes fracos, doentes e que estão dormindo, estes sinais caracterizam pessoas ou congregações inteiras que estão num estado de paralisia espiritual, infrutíferos, irrelevantes e alienados da presença de Deus. Tais pessoas ou igrejas estão sendo julgadas por Deus, pelo fato de em algum momento terem tomado da Mesa do Senhor, indignamente, sem a devida compreeensão e principalmente por não fazerem uma autoavaliação sincera comparando suas ações, práticas e convicções com as Santas Escrituras.
Os irmãos de Corinto estavam comendo e bebebdo a Ceia indignamente e sem a exata compreensão sobre o que de fato representava aquele momento. A mesma situação ocorre atualmente. Embora ninguém se embreague ou coma desordenadamente, ainda assim, muitos estão comendo e bebendo indignamente quando não reconhecem, confessam e abandonam seus pecados, sendo humildes e contritos, antes preferem manter a hipocrisia das falsas aparências de santidade e retidão, mesmo a consciência lhes acusando de invejas, contendas e outros dolos contidos no coração. Outros comem e bebem a Ceia sem discernimento, quando não entendem biblicamente a realidade e a profundidade da graça soberana de Deus na salvação, antes implicitamente ou até mesmo abertamente associam a salvação com algum próprio mérito, resultante de seus esforços, obediência ou obras.
Muitas pessoas e igrejas inteiras estão sob julgamento e ficaram paralisadas espiritualmente pelo fato de não fazerem uma autocrítica sincera. Quando deveriam refletir humilhando-se sob a potente mão de Deus, persistem em andar na obstinação e dureza de seus corações enganando-se a si mesmos acreditando estarem fazendo a coisa certa.
"Se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados".
Deus julga seu povo e isso é bom, prova seu interesse por nós, pois do contrário seríamos condenados com o mundo; porém o juízo de Deus é duro, doi e pode nos causar sofrimento, afinal de contas: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo". (HB 10:31).
Que não sejamos tolos de comungar a Ceia indignamente ou sem o correto discernimento da obra graciosa e redentora de Cristo, antes que examine-mo-nos diligentemente e alcancemos graças do Senhor para sermos frutíferos, relevantes e vividamente atuantes nele pela fé e em amor.
Soli Deo Gloria.
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